O etanol é formado por moléculas pequenas que são rápida e facilmente absorvidas após a ingestão. Parte do álcool presente em uma bebida é absorvida pelas paredes do estômago. Se o estômago estiver cheio, a comida reduz o contato do álcool com suas paredes e a absorção pode chegar a ser até seis vezes mais lenta do que se o estômago estiver vazio.
O álcool absorvido é metabolizado no fígado, onde é transformado em CO2 e H2O. Assim, é papel do fígado se livrar do álcool ingerido. No entanto, se a ingestão de álcool for mais rápida do que o fígado consegue metabolizá-lo, o teor de etanol no sangue irá subir. Sua atuação se dá principalmente no cérebro, onde, primeiramente, altera a razão. A seguir, a fala e a visão são afetadas. Se a ingestão continuar, o próximo efeito é o da perda de coordenação motora. Finalmente, o indivíduo pode perder a consciência.
Se o consumo de bebida alcoólica for rápido e em grande quantidade, pode acontecer de o indivíduo estar com muito álcool no estômago quando perder a consciência. Mesmo inconsciente, o nível de etanol no sangue da pessoa continua a aumentar, podendo conduzir à morte. O álcool não metabolizado pelo fígado é eliminado na urina e pelo ar expirado. Nisso se baseia o batómetro, aparelho que mede o teor de álcool no ar expirado pela pessoa e, em função do resultado da medida, infere seu nível de embriaguez.
Entre os muitos riscos do consumo de álcool está a alta chance de uma pessoa embriagada se envolver em acidentes de automóvel. Outro risco se relaciona ao fato de algumas pessoas terem propensão para se tornar alcoólicos (anteriormente denominadas alcoólatras), ou seja, dependentes de etanol.
O uso do álcool por longos períodos provoca inúmeros problemas de saúde. O esquema abaixo mostra alguns deles, entre os quais merecem destaque os que envolvem o fígado.
O primeiro consiste na produção e na deposição de gordura nesse órgão. A seguir, vem a hepatite alcoólica, que é uma inflamação do fígado. Ambos os problemas regridem se o consumo cessar e uma boa dieta alimentar for retomada. No entanto, se o consumo prosseguir, poder-se-á desenvolver ao longo do tempo uma cirrose hepática, que consiste num acúmulo de proteínas fibrosas no fígado e que interferem em seu funcionamento. Como se trata de um órgão responsável por muitas reações químicas fundamentais à sobrevivência, a cirrose hepática pode ser fatal.
Em quase todos os locais do Brasil há entidades, como a dos alcoólicos anônimos, que muito vêm auxiliando dependentes de álcool a se manter longe dele. Trata-se de uma tarefa especializada e altamente benemérita.